SUSSURRAVA A LUZ DESSA NOITE SEM FIM
foste quem a despertar suavizava
o medo contado à vida;
sussurravas o corpo destapavas
os ouvidos;
tu espevitas a canção que agita
a revolta cirúrgica
dum mundo em desconstrução.
e das vértebras às frases
recompões os caminhos andados;
é a sussurrar que revives fantasmas
cheios de teus ouvidos: espaços mortos,
falecidos. outras raivas,
a regurgitação dos barcos que desciam
pelo fundo da córnea.
no fim tu és muda, apenas dum olhar
que escorre trevas; ou duma fenda
que atravessa o barco do corpo.
pela garganta que afundava meus remos.
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2 comments:
Poeta, que belo e impressionante final: "a regurgitação dos barcos que desciam
pelo fundo da córnea.
no fim tu és muda, apenas dum olhar
que escorre trevas; ou duma fenda
que atravessa o barco do corpo.
pela garganta que afundava meus remos."
Obrigado!!!
Vou fazer um link no meu blog.
"no fim tu és muda, apenas dum olhar
que escorre trevas; ou duma fenda
que atravessa o barco do corpo.
pela garganta que afundava meus remos."
esse é mesmo um grande momento da tua escrita!!! belíssimo!
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