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Sunday, January 02, 2011

Escritos de 1986. In Genésis - edição única da BJL Alda Lara


NASCER DA CHUVA

O pão das nebulosas
no trovão
do canário do canto
da terra deslizante

Mas é então a terra que
escorre o machado à raiz

É manhã de sonhos no ontem
com água. Tão linda a flor
do milho ainda inexiste
no boato do canário.


MUSA-PALAVRA


Perguntas quem minha
musa é
Não vive ela os
nomes à guisa. Não são
os seios pudicos com leite em pomba

Não se esplana aos portos
sediços que desembarcam as ancas
nos olhos acoplados do vagabundo

E os lírios lhe secam a seiva
imprimida.

É a PALAVRA de púrpura
apenas colhida das vozes que oiço
porque a palavra é a lavra em que
me cresço firme.


OBS: são impressões do início da canção; escritos de fome... vestígios de um sonhador, lá vão cerca de 25 anos.

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